Arraial Santo António: Uma festa à portuguesa, com certeza

Sardinhas, manjericos, arraiais, música popular e bailarico – os ingredientes essenciais para festejar os Santos Populares. Este ano, o Arraial Santo António regressou a 26 de maio à Praça da Alegria, organizado pelo Grupo 7 dos Escoteiros de Portugal, com o apoio da Freguesia de Santo António - Lisboa e o patrocínio oficial da Sagres.

Uma festa tipicamente lisboeta, que decorreu de 26 de maio a 22 de junho, de domingo a quinta das 12h00 às 22h00 e de sexta a sábado das 12h00 às 00h00 (com música ao vivo). O ponto alto dos festejos? A noite de Santo António.

A noite mais longa da cidade

À medida que o relógio se aproximava da meia-noite do dia 12 de junho, véspera do dia de Santo António, o Jardim Alfredo Keil fervilhava de vida: luzes coloridas pendiam entre manjericos, o cheiro nostálgico a sardinha acabada de sair da brasa espalhava-se pelo ar misturado com o aroma do caldo-verde e das bifanas.

Famílias, grupos de amigos e visitantes apinhavam-se nas mesas a beber e comer.

No palco, ecoavam músicas populares com Nuno Ropio e Lakota, que prenderam ali o público até de madrugada.  A cada minuto, testemunhava-se dezenas de ritmos no mesmo compasso - os Santos Populares são isso mesmo.

 

“O nosso arraial é típico à portuguesa. Com música popular portuguesa, comida tradicional portuguesa e artistas portugueses. O que faz de nós o arraial mais familiar da cidade.”, afirmou Vasco Morgado, presidente da Freguesia de Santo António. “Santo António é de Lisboa, mas aqui temo-lo ainda mais no coração. Por isso, este Arraial é uma forma de convívio entre os vizinhos - que têm nesta Freguesia um local de vida familiar - e todos aqueles que saem à rua e vêm conhecer a cidade numa altura em que fica (ainda mais) cheia de gente, de cor, de música e de cheiro a sardinha assada. Porque é isto que é Lisboa, também”, acrescentou.

 

Pelas 2h00 a multidão dispersou-se lentamente pelas ruas de Santo António. A noite mais longa da cidade chegara ao fim — mas guardaria em cada um a saudade dos Santos que ocupam as nossas ruas.

Não há em Lisboa arraial mais santo, nem festa mais animada